terça-feira, 20 de setembro de 2011

Privacidade

Desde sempre tive uma grande preocupação em não ter a minha vida conhecida na praça pública.
Em todos os aspectos.

Já quando era pequenino ninguém sabia que o Don dava beijinhos à Betty atrás do pavilhão da escola.
Ainda hoje, quem já me conhece bem, continua a afirmar que sou um túmulo e que não sabe nada de mim.
"O quê? Namoras com a Antonieta? Não fazia ideia...!"
Todos os adolescentes passam por aquela fase das primeiras quecas, em que se orgulham e pavoneiam perante os amigos que ela isto, ela aquilo, e o melhor de tudo, ela aqueloutro. Eu nunca fui assim. Por respeito, tanto a mim como à minha parceira (da altura, ou de ontem, ou de amanhã) sempre fui muito calado. À pala dos outros não o serem levei muitas vezes com verdades dispensáveis na tromba, enquanto que quando passo por outras amigas sei que elas levaram com outras coisas na dita cuja.

Falando no caso específico de um casal, isso então é o que me faz mais confusão. Já sou um homenzinho, e acho bastante infantil ver e ouvir gente da minha idade a falar, gente esta que ficou presa na fase da gabarolice.
E isto da privacidade aplica-se em todos os campos, não só no campo dos relacionamentos.
É com gosto que oiço, naquelas reuniões de amigos e amigas, ou em alguns casos apenas conhecidos, que oiço "É pá Don, de ti é que nunca ninguém sabe nada!".

Pois bem, vou divulgar a coisa mais chocante na minha pessoa: detesto dormir com boxers.

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